Um dos focos de maior preocupação para as empresas portuguesas é a questão da transição digital. A pandemia da COVID-19 só veio ilustrar o quão grave é para o tecido empresarial português o atraso no que toca à digitalização face ao resto do mundo e, em particular, ao resto da União Europeia.
Para combater esse desfasamento e procurar tornar as empresas portuguesas mais digitais, o plano de recuperação português pós-pandemia introduz a componente de investimento Empresas 4.0.
O que é a Empresas 4.0?
A Empresas 4.0 é uma componente de investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português que, tal como o nome sugere, é dedicada ao avanço da chamada Indústria 4.0 em Portugal; mais concretamente, da transformação digital dos processos produtivos das empresas portuguesas.
O PRR assenta em diversas componentes distribuídas por três dimensões estruturantes: Resiliência, Transição Climática e Transição Digital. Dentro desta última, dedicada às reformas e investimentos na digitalização dos setores público e privado, entra a componente de investimento Empresas 4.0, que é a que está dedicada especificamente à transição digital das empresas.
A Empresas 4.0 tem como objetivos principais reforçar a digitalização das empresas e recuperar o atraso no processo de transição digital, que, apesar de estimulada por necessidade pela pandemia e subsequente teletrabalho obrigatório, ainda se considera muito aquém do estado em que deveria estar na década atual.
Entre as ações da Empresas 4.0 estão a promoção de diversos meios tecnológicos digitais e respetivo conhecimento, nomeadamente, no que toca:
- à modernização dos processos produtivos e do trabalho;
- à desmaterialização dos fluxos de trabalho;
- às competências na utilização das tecnologias digitais;
- ao combate à desigualdade de género no acesso às ferramentas digitais;
- à incorporação do teletrabalho e respetivas metodologias;
- à criação de canais digitais de comercialização de produtos e serviços (E-commerce);
- ao reforço do ecossistema de empreendedorismo digital;
- à adoção de uma cultura de experimentação e inovação;
- à incorporação de tecnologias disruptivas no cerne das empresas.
Como é estruturada a componente de investimento Empresas 4.0?
A Empresas 4.0 subdivide-se em três investimentos distintos, aos quais é atribuído um total de 650 milhões de euros de investimento.
TD-C16-i01: Capacitação Digital das Empresas
A Capacitação Digital das Empresas é um dos investimentos previstos na Empresas 4.0 e é da responsabilidade do IAPMEI, I.P. em articulação com as entidades públicas que são encarregues do domínio do emprego, formação profissional e das qualificações.
Este investimento prevê a criação de dois programas de formação interligados cujo intuito é colmatar as lacunas nas competências digitais dos trabalhadores, tanto funcionários como empresários, e das empresas.
Esses dois programas de formação são a Academia Portugal Digital, uma plataforma/programa de desenvolvimento de competências digitais para os trabalhadores poderem autoavaliar o seu nível atual de competências digitais e trabalhar as suas lacunas através de um plano personalizado e de cursos gratuitos disponibilizados na plataforma Portugal Digital (portugaldigital.gov.pt), e o Emprego + Digital 2025, um programa de capacitação em tecnologias digitais dirigido especificamente aos setores da indústria, comércio, serviços, turismo e agricultura, economia do mar e construção, que foram afetados drasticamente pela transformação digital e pela pandemia.
O investimento da Capacitação das Empresas conta com um valor total na ordem dos 100 milhões de euros.
TD-C16-i02: Transição Digital das Empresas
O segundo investimento da Empresas 4.0, também a cargo do IAPMEI, I.P. em conjunto com as entidades públicas e associativas, prevê transformar os modelos de negócio das PME portuguesas com a sua respetiva digitalização, de forma a garantir não só maior competitividade, como também maior resiliência face a crises futuras ao nível da pandemia.
A Transição Digital das Empresas subdivide-se em quatro programas:
- Rede Nacional de Test Beds, um conceito que visa a disponibilização de infraestruturas e equipamentos para a prestação de serviços a PME e Startups por entidades que detêm capacidade instalada através de uma rede nacional;
- Comércio Digital, um programa de digitalização focado nas micro-PME da área do comércio para ativação dos seus canais de comércio digitais;
- Apoio a Modelos de Negócio para a Transição Digital (Coaching0), uma iniciativa de integração de tecnologias nas empresas para o desenvolvimento de processos e competências organizacionais;
- Empreendedorismo, reforçando a aposta estratégica de desenvolvimento do ecossistema empreendedor através de investimentos que apoiam diretamente start-ups em fase de seeding.
A Transição Digital das Empresas conta com a maior fatia de investimento da Empresas 4.0, nomeadamente, 450 milhões de euros.
TD-C16-i03: Catalisação da Transição Digital das Empresas
O terceiro e último investimento da Empresas 4.0 é efetuado através de projetos públicos de catalisação tecnológica, operando especificamente sobre a desmaterialização da faturação para a redução do uso de papel, a criação de um ambiente de negócios digital mais seguro e confiável através de um conjunto de certificações e a redução, de um modo geral, de custos através da digitalização.
A Catalisação da Transição Digital das Empresas é estruturada em 3 programas: os Digital Innovation Hubs, que, como o nome insinua, procuram centralizar um conjunto de serviços de apoio à transição digital das empresas, sobretudo nos ramos da Inteligência Artificial, HPC e Cibersegurança; a Desmaterialização da Faturação, através do Serviço de Assinatura de Faturas Eletrónicas (SAFE) da AMA; e os Selos de Certificações de Cibersegurança, Privacidade, Usabilidade e Sustentabilidade, quatro novas plataformas de certificação e respetiva campanha de divulgação.
Este investimento conta com um valor de 100 milhões de euros para o cumprimento dos seus objetivos.
A que empresas se aplicam os apoios da Empresas 4.0?
A Empresas 4.0 é aplicável a todo o tipo de empresas públicas e privadas através dos avisos de candidatura publicados na plataforma oficial do Recuperar Portugal.
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