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Plano de Recuperação e Resiliência: apoios à transição digital das empresas

Plano de Recuperação e Resiliênciav

Os desafios que o início desta década trouxe às empresas foram inesperados e vieram interromper um período de crescimento sustentado em Portugal. No sentido de estimular e reavivar o progresso que vinha a ser feito antes da pandemia da COVID-19, a Comissão Europeia aprovou para Portugal o Plano de Recuperação e Resiliência, parte do instrumento financeiro NextGenerationEU para mitigar o impacto socioeconómico da crise de saúde e estimular as transições climática e digital do país.

Neste artigo, explicamos como o Plano de Recuperação e Resiliência pode apoiar a transição digital das empresas e que ferramentas estão disponíveis para a digitalização.

O que é o Plano de Recuperação e Resiliência

O Plano de Recuperação e Resiliência ou simplesmente PRR é um programa de recuperação da economia portuguesa com execução prevista até 2026, desenvolvido no seguimento da pandemia do novo coronavírus no sentido de instaurar reformas e investimentos com o objetivo de repor o crescimento económico sustentado e convergir novamente com a restante Europa ao longo da próxima década.

 O Plano de Recuperação e Resiliência conta com três dimensões distintas que representam as principais necessidades de revitalização e evolução para Portugal:

Resiliência

A dimensão Resiliência pretende tornar Portugal capaz de reagir e superar os desafios de crises atuais e futuras. Neste sentido, é não só uma ferramenta de recuperação da crise atual, mas também uma preparação para desafios futuros, sendo focada na resiliência social, resiliência económica e produtiva e resiliência territorial.

Esta dimensão conta com nove componentes distintas, desde a preparação do Serviço Nacional de Saúde às respostas sociais, estímulo da inovação empresarial, aumento das qualificações e competências e valorização do património cultural, entre outras.

Dado o contexto motivador do PRR, esta dimensão conta com a maior dotação total do investimento feito pelo Conselho Europeu, nomeadamente, de 11.125 milhões de euros.

Transição Climática

A pandemia da COVID-19 não é o único desafio pelo qual Portugal e o mundo estão atualmente a passar. Existe também outro desafio de uma dimensão incalculável, o da crise climática, que ameaça ter um impacto esmagador na subsistência da Humanidade.

Assim, a Transição Climática é outra dimensão de extrema importância para a preparação contra crises futuras, tendo por objetivo cumprir o compromisso das metas climáticas para alcançar a neutralidade carbónica até 2050. Ao mesmo tempo, este objetivo cria novas oportunidades económicas, desde a mobilidade sustentável à bioeconomia, eficiência energética e energias renováveis, prevendo criação de emprego em todas estas áreas.

Para as seis componentes da Transição Climática está prevista uma alocação de investimento total de 3.056 milhões de euros.

Transição Digital

A dimensão Transição Digital prende-se com a digitalização das empresas (públicas e privadas) e das entidades públicas, procurando incorporar as competências digitais como cerne da educação, saúde, cultura, gestão e indústria.

Distribuídas pelas cinco componentes da Transição Digital – Empresas 4.0, Qualidade e Sustentabilidade das Finanças Públicas, Justiça Económica e Ambiente de Negócios, Administração Pública Mais Eficiente e Escola Digital – está um total de investimento previsto de 2.460 milhões de euros.

Quem pode beneficiar do Plano de Recuperação e Resiliência

Os beneficiários de concursos do Plano de Recuperação e Resiliência podem ser dos seguintes tipos:

  • Empresas;
  • Famílias;
  • Instituições da Economia Solidária e Social;
  • Instituições do Sistema Científico e Tecnológico;
  • Instituições de Ensino Superior;
  • Escolas;
  • Autarquias e Áreas Metropolitanas;
  • Entidades Públicas;
  • Empresas Públicas.

A componente Empresas 4.0 do Plano de Recuperação e Resiliência

O principal ponto do PRR para a transição digital das empresas, a componente Empresas 4.0 tem por intuito reforçar a digitalização das mesmas e recuperar o atraso provocado pela pandemia face ao processo de transição digital planeado para Portugal nesta década, o qual se verificou também nas dificuldades de adaptação do tecido empresarial português aos novos meios de comunicação exigidos pelo confinamento.

Entre as ações que se encaixam no Empresas 4.0 estão:

  • A modernização dos processos de produção;
  • A desmaterialização dos fluxos de trabalho, como a faturação eletrónica;
  • A redução das faltas de competência com as tecnologias digitais;
  • A diminuição da disparidade digital entre homens e mulheres;
  • A incorporação do teletrabalho;
  • A criação de novos canais digitais de comercialização de produtos/serviços;
  • O reforço do ecossistema de empreendedorismo digital;
  • A incorporação de tecnologia disruptiva nas empresas;
  • A implementação de mudanças culturais nas empresas viradas para experimentação e inovação.

A reforma da transição digital do tecido empresarial pelo Empresas 4.0 conta com três investimentos – Capacitação Digital das Empresas, Transição Digital das Empresas e Catalisação da Transição Digital das Empresas – para um valor total de 650 milhões de euros.

Como fazer uma candidatura a avisos de Transição Digital do Plano de Recuperação e Resiliência

As candidaturas aos apoios de transição digital do PRR são feitas através do respetivo portal de cada aviso, publicados no portal Recuperar Portugal.

Nessa página, é possível verificar os avisos de concurso abertos para cada uma das componentes do PRR e por tipo de beneficiário, subdivididas por cada um dos investimentos.

Para além de pesquisar avisos, é possível também criar um alerta diário segundo os critérios de pesquisa pretendidos, de forma a poder garantir a candidatura atempada aos avisos colocados.

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A importância da digitalização para as empresas portuguesas ficou bem clara com a chegada da pandemia e só terá tendência a evoluir ainda mais nos próximos anos, à medida que surgem novos desafios e necessidades de readaptação. A contabilidade, a administração e a gestão são três dos pontos mais importantes para adotar na transição digital, de forma a automatizar e desburocratizar muitos processos e permitir às empresas, grandes e pequenas, focar no que realmente faz a diferença.

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